“Prevenção de doenças crônicas – um investimento vital”
Este é o título de um programa da OMS referido no livro “Prevenção de doenças do adulto na infância e na adolescência” Dr. João Guilherme Bezerra Alves e Dra. Magda Carneiro-Sampaio – Ed. Medbook RJ, 2007
Seguem alguns trechos deste livro que deveria ser referência para todos os que acreditam na possibilidade de mudar o cenário das doenças crônicas no país e no mundo, através da informação e da educação da população. É através da mulher, essencialmente, que a mudança pode ser feita. Mãe e cuidadora, a mulher surge no âmbito da prevenção como a figura capaz de implementar no núcleo familiar as mudanças necessárias para a modificação da prevalência das doenças degenerativas crônicas entre nós.
Ela, mulher, ainda desconhece a sua importância na prevenção das doenças futuras de seus filhos e netos. Não foi informada da magnitude da responsabilidade da maternidade consciente. Ainda que ainda lidemos com urgencias básicas como a gravidez na adolescência, precisamos ao mesmo tempo difundir a informação a respeito da capacidade de diminuir gradativamente a prevalência das doenças crônicas entre nós a partir do aconselhamento das gestantes de hoje e das mães de crianças e adolescentes. Informar para educar e conscientizar!
Os autores falam da necessidade da gestante prover adequada nutrição do feto, evitando o baixo peso ao nascer e a prematuridade fatores de risco importante para o desenvolvimento futuro (idade adulta) das doenças crônicas como o diabetes, a hipertensão, o infarto e o AVC.
Eles informam que “… os sete dos maiores riscos à saúde (hipertensão arterial sistêmica, hipercolesterolemia,obesidade, sedentarismo, baixo consumo de frutas e legumes, alcoolismo e tabagismo) são condições intimamente ligadas a escolhas de vida e correspondem a mais da metade do impacto mundial de doenças, medido na média em anos de vida com a doença”.
E ainda falam da necessidade da implementação de ações em áreas diferentes e complementares do nível primário de atenção à saúde. Sugerem utilização de recursos da comunidade, ONGs, implantação de programas de exercícios coletivos, reuniões de auto-ajuda e suporte para o cuidado para com a própria saúde.
Outros trechos:
“Os pacientes devem ser estimulados e educados para o auto-cuidado”
“A promoção de saúde permite que as pessoas adquiram maior controle sobre a sua própria qualidade de vida. Por meio da adoção de hábitos saudáveis, não só os indivíduos, mas também seus familiares e a comunidade se apoderam de um bem, um direito e um recurso aplicável à vida cotidiana.”
“Mudanças de maus hábitos à saúde já instaladas na vida adulta são objetivos difíceis de alcançar devido à fraca aderência da população-alvo”
“Esses hábitos devem ser adquiridos desde a infância”
“Além disso é na escola que os programas de educação e saúde podem ter a maior repercussão beneficiando os alunos desde a infância”
Mulheres: Busquem mais informação, peçam orientação a seus médicos, criem grupos de discussão na família e na comunidade! Assim estaremos dando um enorme passo à frente no controle das doenças crônicas e agregando qualidade de vida à longevidade de hoje.