Manual de Saude

Assim como os atores nós desempenhamos vários papeis ao longo da nossa vida. Amamos, procriamos, cuidamos, protegemos nossos filhos e vivemos uma vida de muitas cores vívidas, com e através deles. Sempre evoluindo na forma de pensar, nas atitudes enfim, seres camaleônicos que somos, nos desenvolvemos através do processo de viver a vida. Num outro momento mais para a frente somos cuidadores de quem cuidou de nós. Agora nos relacionamos de forma diferente com eles; a vida nos dá uma nova oportunidade de aprendizado e afeto. Até que, em algum momento sejamos cuidados também! Esta é a dinâmica da vida!

Eu tinha essa mania de querer um manual para a vida (ou pelo menos para a saúde, área que sempre me interessou)

Não é justo ou pelo menos não faz sentido para mim termos que vivenciar a doença sem a oportunidade de evitá-la! Estamos todos aqui buscando sermos felizes no processo de viver. Aprendemos Matemática, Português e outras matérias para sabermos lidar melhor com as várias situações futuras. Nos preparamos para a vida adulta de várias formas. E por que não aprendemos a nos cuidar desde cedo para um melhor aproveitamento do corpo que nos abriga durante todo o processo de viver? Para mim isso sempre foi um mistério!

Em 2010 eu escrevi a respeito. “Saúde ou doença: sabia que você tem uma escolha?”. Na verdade, eu pensei num Manual de instruções. Um “manual do proprietário”. Mas já havia sido publicado um livro (do médico Edmond Saab) com este nome. E eu tomei conhecimento de outros colegas que se interessavam por saúde num momento em que a doença ainda era a única atenção e objeto de estudo do médico. Afinal na escola Medica aprendemos tão somente a lidar com a doença e não a buscar entender o que nos faz adoecer. Hoje vivemos a era da Epigenética, sabemos que não somos reféns da nossa genética. E em pouco tempo muitos se interessaram por esta interessante e muito mais gratificante forma de cuidar da saúde do indivíduo. Não apenas fazer a identificação precoce da doença! O que antes se chamava de ‘prevenção’ e que hoje sabemos ser (apenas) identificação precoce de um problema). A verdadeira prevenção diz respeito a evitar que uma característica herdada (genética) venha a se manifestar em nós, cuidando para manter este gene silenciado. Não deixa-lo se expressar, ou seja, evitar a manifestação da doença. Isto é possível!!!!!

Enfim, uma mudança de paradigmas!  A evolução natural da Medicina seria associar prevenção verdadeira (identificação de riscos e solução para estes vieses) ao tratamento, na arte de cuidar de outro indivíduo. Atuar como medico seria atender o indivíduo nas suas necessidades pontuais enquanto vivenciando uma doença sim, mas ao mesmo tempo conduzindo e orientando este indivíduo para a Saúde. Ou seja, instruindo e sendo parceiro na construção do seu processo de saúde. Somos (cada um de nós) únicos em nossa individualidade bioquímica e em nosso terreno biológico. Devemos, portanto, buscar nosso “mapa”, nossa “bula” ou melhor, conhecer nosso “Manual do proprietário” e, com isso, vivermos com muito mais saúde e menos sofrimento. Assim como a morte física é verdade absoluta para todos nós, o sofrimento neste processo pode (e deve) ser opcional!

Envelhecer com mais saúde deve ser a nossa meta!

E não estar doente não significa necessariamente ter saúde, lembre-se disso! Costuma haver um hiato de 7-10 anos entre não apresentar sinais e/ou sintomas e o adoecimento.

As vezes nos afastamos dela, saúde, mas sempre é possível a retomada da melhor homeostase (equilíbrio) possível a cada época da vida!

Vamos focar na saúde em vez da doença?

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LONGEVIDADE COM QUALIDADE DE VIDA!

SAÚDE NA LONGEVIDADE

 

A ideia é promover a conscientização da necessidade de sermos proativos e nos anteciparmos ao adoecimento do organismo. Sabemos hoje, através da epigenética, que nossos genes determinam apenas 17 a 20% da expressão das doenças crônicas degenerativas que se tornaram epidêmicas no nosso século!

Um percentual em torno de 10% constitui o que não podemos modificar, que é fatalidade ou aleatório. Mas nós temos o controle dos 70% restantes! 

PODEMOS MUDAR A QUALIDADE DE VIDA NO ENVELHECIMENTO!

 Cada indivíduo tem a sua herança genética, vive em ambientes e tem estilos de vida diferentes, que contribuem positiva ou negativamente para a expressão desses genes Além dos genes herdados, carregamos possíveis mutações. Esse conjunto engloba o terreno biológico. Expressar ou não os genes significa adoecer ou não. A Epigenética (um novo viés do estudo da genética médica) diz que nós podemos, sim, não os expressar! Não somos reféns da nossa carga genética como pensávamos antes!

Identificando o terreno biológico do indivíduo (sem deixar de resolver queixas pontuais), estabelecemos metas e criamos ações de médio e longo prazo para que o organismo retome seu equilíbrio em cada fase da vida.

Evitamos a doença ao conhecermos o terreno biológico de cada indivíduo e os fatores de risco específicos. Assim podemos identificar que direção o organismo está tomando ao ter que lidar com a predisposição, os riscos ambientais e o estilo de vida.

Ao identificarmos desvios de rota temos que alertar o indivíduo. Ele então fará as modificações necessárias para que o organismo retome a rota que mais provavelmente o livrará da doença.

Não há como cobrir todos os possíveis vieses, mas dessa forma teremos uma boa dianteira em relação à doença. No longo prazo isso significa longevidade mais saudável!

Na faculdade de Medicina não aprendemos a prevenir doenças. Estudamos as doenças e como trata-las!

Os exames de rotina, na prática médica atual, fazem parte de uma estratégia de identificação precoce da doença. A prevenção, sempre mais eficaz, detecta e resolve fatores de risco modificáveis através de um olhar mais diferenciado. Quando esperamos para ver nos exames de rotina alterações significativas de adoecimento (padrão ouro da Medicina Ortodoxa) estaremos tratando o indivíduo, não mais prevenindo a doença.

Os indicadores de saúde podem ser modificados (idealmente) apenas com intervenção nos hábitos e no estilo de vida.

Desde a década de 80 várias declarações de apoio ao direito de saúde para todos (Alma-Atta, Ottawa e outras) vêm sendo patrocinadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde). A partir daí a “onda” de buscar saúde e não apenas tratar a doença vem sendo disseminada no mundo todo. Mas ainda estamos engatinhando! A Medicina em seu aspecto biomolecular ou funcional, nos oferece a possibilidade de verificação do terreno biológico do indivíduo para poder atuar preventivamente caso a caso.

 

Mas não apenas substituindo uma droga industrializada por outra manipulada (prática comum, infelizmente). E sim intervindo de forma eficaz na mudança possível em relação a fatores de risco modificáveis. As estatísticas futuras validarão as hipóteses construídas a partir de modelos identificados por esta forma de pensar? Espero que sim. Algumas intervenções identificadas pelo modelo biomolecular hoje vêm sendo feitas por alopatas, dando respaldo a elas.

A ciência existe, mas pode ser interpretada de formas distintas, todas elas fundamentadas em alguns protocolos e em “cases”. Os artigos científicos têm interpretações diferentes de acordo com os vieses possíveis. Não existe uma única verdade em Medicina (por isso existem formas diferentes de tratamento e todas se mostram de alguma forma eficazes em determinadas pessoas em determinados momentos).

A informação é importante, necessária e está disponível. O médico assistente é o primeiro a veicular essa informação e outras opiniões médicas são benvindas na medida em que o indivíduo ainda tem dúvidas. Não existe apenas uma verdade. As soluções possíveis devem ser analisadas.

 

Mas a decisão é individual.

 

Sua meta é definir a qualidade de vida que quer ter ao longo da vida, independentemente da sua herança genética?

MUDE SEU FUTURO MUDANDO SEU ESTILO DE VIDA!

 

 

 

 

Diferentes Medicinas: tratar ou prevenir

Intervenção terapêutica versus promoção de saúde

 

Algumas vezes somos questionados sobre as diferentes Medicinas e as diferentes formas de avaliação de Saúde. Cabem esclarecimentos.

Não vejo diferentes Medicinas. A Medicina é uma só. A forma de pensar a saúde e a doença é que varia. Nem vou falar de religião! Vou comparar com o futebol. Existe Futebol (ponto). Todos sabemos as regras de jogo. A finalidade é o gol…mas diversas são as formas de se chegar lá! Existem times que jogam na retranca outros não. E dependendo do resultado parcial de um jogo, os técnicos podem mudar de esquema tático. Hoje em dia os mais usados são o 4-4-2 e o 3-5-2 (segundo a wikipedia, por que eu mesma não entendo nada de futebol…)

Então em Saúde existem os que pensam (e atuam) no curto prazo, na doença aguda, instalada, nos sintomas atuais tão somente e usando medicamentos que abortam esses sintomas e livram o paciente das queixas pontuais. Na emergência médica essas ações salvam vidas. É uma medicina de altíssima qualidade e que vem aumentando o índice de longevidade. Mas na doença crônica sua eficiência deixa a desejar. A qualidade de vida não tem acompanhado a longevidade.

E há os que identificam como objetivo maior a prevenção da doença, não apenas seu tratamento.

Cada indivíduo tem sua herança genética, vive em ambientes e tem estilos de vida diferentes, que contribuem positiva ou negativamente para a expressão desses genes Além dos nossos genes herdados, carregamos possíveis mutações. Esse conjunto engloba o terreno biológico. Expressar ou não os genes significa adoecer ou não. E hoje sabemos pela Epigenética (um novo viés do estudo da genética médica) que nós podemos, sim, não expressá-los! Não somos reféns da nossa carga genética como pensávamos antes!

Identificando o terreno biológico do indivíduo e, sem deixar de resolver queixas pontuais, estabelecemos metas e criamos ações de médio e longo prazo para que o organismo retome seu equilíbrio em cada fase da vida.

A Medicina Biomolecular é uma das formas de pensar e fazer esse tipo de acompanhamento. Todas as formas de atuar na saúde podem levar a resultados positivos. Existem aqueles que só se tratam com homeopatia, outros usam o saber milenar da Ayurvedica ou da Medicina Chinesa. Eu sou mais eclética e penso que cada saber acrescenta e a intervenção hoje pode ser diferente da que faremos amanhã. Existem tipos de doença em que a homeopatia traz mais benefícios a longo prazo e menos danos colaterais do que a alopatia (p.ex. nas alergias). Todas as alternativas são válidas. Vai depender do momento usar uma ou de outra forma de ver e tratar do adoecimento.

Mas pensando em evitar a doença, se conhecemos o terreno biológico do indivíduo e os fatores de risco específicos podemos tentar identificar que direção o organismo está tomando ao ter que lidar com a predisposição e os fatores de risco ambientais e de estilo de vida.

Se identificamos desvios de rota temos que alertar o indivíduo para que faça as modificações necessárias para que o organismo retome a rota que mais provavelmente o livrará da doença. Não há como cobrir todos os possíveis vieses mas dessa forma teremos uma boa dianteira em relação à doença. No longo prazo isso significa longevidade mais saudável!

 

Um exemplo:

A avaliação de um exame plasmático (exame de sangue) pode ser feita de duas formas. A primeira buscando sinalizadores de doença (leitura alopática, ou seja, medicina convencional ortodoxa). A outra forma é fazendo uma leitura do terreno biológico, sinalizadores de possíveis áreas onde o organismo enfrenta maiores dificuldades para se equilibrar e que, portanto a médio e longo prazo se traduzirão em perda da homeostasia (equilíbrio orgânico) e consequentemente aparecimento da doença.

Em relação à insulina, os valores de normalidade indicados pelos laboratórios são valores obtidos estatisticamente analisando uma população X (pessoas doentes e sadias). Na visão da Medicina Biomolecular, o valor ideal da insulina seria entre 5 e 6. Como a discussão sobre manteiga e margarina, qual delas é pior para a saúde, em Medicina existe também interpretações distintas em relação aos valores dos exames plasmáticos. Eles mudam de tempos em tempos. Por ora, esses são os valores utilizados para avaliar predisposição. Um aumento desses valores a longo prazo significa “resistência à insulina” e leva a mudanças bioquímicas importantes que se traduzem mais tarde por alteração no metabolismo da glicose e aí sim, o diabetes tipo 2 seria diagnosticado.

Além disso não devemos nos esquecer de que um dado isolado não tem significado maior. Devemos sempre nos reportar aos resultados anteriores do mesmo exame naquela mesma pessoa (análise sequencial comparativa). A comparação dos valores obtidos em cada exame, de tempos em tempos é que sinaliza que algo não vai bem no organismo. Um exemplo bem próximo, minha mãe tinha insulina em torno de 6-7. Num determinado momento a insulina foi para 11 e (não por acaso) os triglicerídeos subiram muito. Essa fração da gordura do sangue pode expressar uma alteração no mecanismo de aproveitamento e armazenamento da glicose. Feita mudança de dieta, 4 meses depois a insulina estava em 8 (mais próxima do ideal dela). Isso num organismo octogenário, ou seja, em que o retorno ao equilíbrio é mais difícil uma vez que o envelhecimento cronológico significa também envelhecimento biológico. Ou seja, o retorno à normalidade das reações químicas de restauração é sempre mais difícil de acontecer quanto mais velhos ficamos.

Enfim, não existe apenas uma versão dos fatos. Várias leituras são possíveis, dependendo do que estamos buscando. “Saúde” pontual (hoje) de um lado ou saúde no longo prazo, para isso tendo que realinhar objetivos e resultados, em nova direção evitando assim um desfecho negativo futuro (evitável).

Nem sempre temos essa possibilidade em Medicina. Muitos dados desconhecemos. Mas em relação ao Diabetes Mellitus tipo 2, uma epidemia anunciada para este século (junto com câncer e Alzheimer), já temos muitos dados que facilitam a condução de muitos casos evitando (ou postergando) seu aparecimento na grande maioria dos casos. Isso quando o indivíduo entende o processo e as medidas necessárias para mudar o quadro. É senso comum que se você quer corrigir um comportamento tem que entender a causa dele, em primeiro lugar.

A resistência à insulina não existe apenas nos obesos ou sobrepeso. As doenças têm seu tempo de incubação se posso me referir dessa forma em relação às doenças crônicas degenerativas evitáveis. Em média o que se vê é um intervalo (“gap”) de 7 a 10 anos antes que um desequilíbrio bioquímico muito incipiente (ainda no início) se transforme em doença detectável. O organismo humano é uma máquina sensacional, maravilhosa! Ele faz de tudo para reparar os danos que nós (por ignorância ou teimosia) causamos a ele e a nós mesmos. E só então “joga a toalha e desiste”. Ele nos dá tempo para modificar o que pode ser modificado. Por isso se fala em “aprender a ouvir o corpo”. Existem vários livros a esse respeito.

O Alzheimer hoje está sendo visto como um tipo de diabetes (tipo 3) por conta do aumento da resistência à insulina observada a nível neuronal. Vale lembrar que o cérebro é movido à glicose! Mas se o metabolismo dela fica alterado, todas as outras reações que se processam no cérebro (utilizadas para manter seu perfeito funcionamento) são alteradas. E algumas áreas sofrem mais do que outras (p.ex. hipocampo).

A leitura de um exame de insulina, por exemplo, fica mais complicada numa mulher com SOP (síndrome de ovários policísticos) doença que não é dos ovários, apesar do nome. Nesse caso o problema está na hipófise (que regula os hormônios) e a desregulação ovariana é o primeiro sintoma. Estudos apontam a SOP como fator de risco (50%) para DM2 (diabetes mellitus tipo 2) em mulheres após os 40-45 anos. Então, na pratica clínica preventiva, toda jovem com diagnostico de SOP deve ser alertada para mudança de hábitos alimentares desde cedo para evitar o DM2. Por que arriscar?

A SOP depois que a jovem já iniciou o uso de anticoncepcionais desaparece e a disfunção hormonal (hipotálamo) fica mais difícil de identificar, uma vez que não existem mais aqueles sintomas que a levaram ao médico. E existem outras causas de hiperandrogenismo que não a SOP. A pesquisa e o controle devem ser feitos por especialista (endócrino).

Na faculdade de Medicina não aprendemos a prevenir doenças. Não da forma como vejo prevenção. Os exames de rotina fazem parte de uma estratégia de identificação precoce da doença. Pode ser considerada um tipo de prevenção. Hoje fala-se de prevenção primária, secundaria, terciaria e mais recentemente até prevenção quaternária. Mas penso que a prevenção mais eficaz é a que detecta e resolve fatores de risco modificáveis através de um olhar mais diferenciado. Quando esperamos para ver nos exames de rotina alterações significativas de adoecimento (padrão ouro da Medicina Alopática) estaremos tratando o indivíduo, não mais prevenindo a doença.

Da mesma forma quando se fala em usar drogas como forma de “prevenção” não me parece uma medida saudável. Os indicadores de saúde podem ser modificados com intervenção apenas em hábitos e estilo de vida. Pelo menos deve-se tentar de forma enfática antes da medicalização. Quantos indivíduos após cirurgia bariátrica deixam de usar remédios para pressão alta e diabetes? Mudaram a alimentação (forma e quantidade), mudaram os hábitos, eliminaram a doença (hipertensão e/ou diabetes). Se tivéssemos lá no início da vida deles feito as intervenções cabíveis teria sido necessária a cirurgia? O desfecho poderia ter sido outro? Qual o custo disso no futuro para esses indivíduos?

Desde a década de 80 várias declarações de apoio ao direito de saúde para todos (Alma-Atta, Ottawa e outras) vêm sendo patrocinadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde). A partir daí a “onda” de buscar saúde e não apenas tratar a doença vem sendo disseminada no mundo todo. Mas ainda estamos engatinhando! A Medicina Biomolecular nos oferece uma visão possível de verificação do terreno biológico do indivíduo para poder atuar preventivamente caso a caso. Mas não apenas substituindo uma droga industrializada por outra manipulada (prática comum, infelizmente). E sim intervindo de forma eficaz na mudança possível em relação a fatores de risco modificáveis. As estatísticas futuras validarão as hipóteses construídas a partir de modelos identificados por esta forma de pensar? Espero que sim. Algumas intervenções identificadas pelo modelo biomolecular hoje vêm sendo feitas por alopatas, dando respaldo a elas.

Mas o sistema de crença do indivíduo a quem se destina a orientação deve ser o mesmo do médico que cuida dele ou pelo menos sua visão de saúde e doença não deve ser diametralmente oposta. Nesse caso toda discussão (seja sobre religião ou futebol, etc. etc.) está fadada ao fracasso.

Ou nos direcionamos pontualmente para o tratamento da doença quando e se ela existir. Ou nos antecipamos a ela, mesmo sabendo que em algum momento teremos que redirecionar as intervenções em saúde, a cada novo conhecimento agregado. De qualquer forma não estaremos reféns da nossa genética. Essa é a minha forma de ver o binômio saúde-doença.

Cabe a cada um identificar a sua crença a respeito de saúde e que direção tomar. Se ela for tomada com consciência, baseada no que se acredita, qualquer que seja a decisão sempre será acertada e não existirão arrependimentos. É nossa decisão, faz parte de cada um de nós e de nossos valores. Ela não é apenas baseada na crença de um médico ou um amigo que podem até pensar estar ajudando mas estão oferecendo a crença deles a um indivíduo diferente deles.

A ciência existe, mas pode ser interpretada de formas distintas, todas elas fundamentadas em alguns protocolos e em “cases”. Os artigos científicos têm interpretações diferentes de acordo com os vieses possíveis. Não existe uma única verdade em Medicina (por isso existem formas diferentes de tratamento e todas se mostram de alguma forma eficazes em determinadas pessoas em determinados momentos).

Se ajudar leiam em algum momento de suas vidas (não precisa ser agora) o livro “YOUR MEDICAL MIND – how to decide what is right for you” um best seller (New York) de autoria dos médicos Jerome Groopman e Pamela Hartzband. É muito interessante e mostra como médicos e decisões médicas diferentes podem ser a melhor opção de uns e a pior de outros. Mostra, com vários exemplos reais, que só se arrependem de decisões tomadas, aqueles em que as decisões tenham sido tomadas desconsiderando seu sistema de crenças (individual). O que temos gravado em nosso subconsciente/inconsciente a respeito desse ou daquele evento médico em que tios, parentes ou amigos que tiveram a mesma doença e estiveram na mesma encruzilhada “se deram bem ou mal” com essa ou outra determinada intervenção. É isso que eles chamam de sistema de crença individual.

 

Mesmo que determinada intervenção leve a um desfecho que uns poderiam definir como pior, quando a escolha é feita baseada nas evidencias daquele momento e levando em conta o indivíduo e no que ele acredita, não se vê arrependimento. O sofrimento é menor em relação à decisão tomada! E seguem em frente com suas vidas de forma positiva.

A informação é importante, necessária e está disponível. O médico assistente é o primeiro a veicular essa informação e outras opiniões médicas são benvindas na medida em que o indivíduo ainda tem dúvidas. Não existe apenas uma verdade. As soluções possíveis devem ser analisadas.

Mas a decisão é individual.

 

MEDICINAS: qual a diferença?

Medicina da Saúde  &  Medicina da Doença

Hoje, nós médicos, estamos aprendendo a entender e identificar o momento em que começamos a perder saúde. Conhecemos também a individualidade bioquímica e funcional para modificar rotas, corrigir estilos de vida e evitar o adoecimento.

images

A evolução da criança é acompanhada de perto pelo médico que faz puericultura. Os erros e acertos desta fase são monitorizados pelo profissional de saúde e a condução da evolução física é (ou deveria ser) plena e assertiva!

Por que, depois dessa fase não existe mais orientação para o desenvolvimento e manutenção do equilíbrio orgânico na melhor da sua potencialidade? Ajustes de rota , reorientação e adoção de rotinas para o retorno às funcionalidades orgânicas plenas…já não são mais buscadas pelo individuo nem são ativamente indicadas pelo profissional de saúde!

 

A Medicina da Doença é o que aprendemos nas escolas médicas e praticamos no dia a dia. Nós, indivíduos, passamos anos buscando remédio para novos sintomas que surgem. E médicos vivem de identificar esses sinais e sintomas, montar os quebra-cabeças de cada individuo, catalogando cada um nessa ou naquela doença conhecida (quando as peças se encaixam). Depois dessa etapa, a medicalização da doença identificada!

Alguns indivíduos reclamam que não se sentem bem, estão “diferentes”, já não são como antes…mas vão aos consultórios e clinicas e, apos  vários exames (inclusive de sangue e de imagem), os médicos dizem que eles estão bem. Não estão doentes. Qual o motivo das queixas então,perguntam… se sentindo incompreendidos em seu mal estar. É que ainda estão adoecendo, mas seus organismos se mantem hígidos pelos mecanismos de compensação…e não apresentam (pelo saber medico ortodoxo) sinais da doença em curso.

equilibrio organico     compendio de medicina

É bom lembrar que, em relação à saúde, somente quando TODAS as peças se encaixam (sinais e sintomas), identificando um determinado perfil (já estudado) é que podemos dar nome à doença e definir o tratamento (terapêutica).

O tempo entre as mudanças de rota (bioquímicas e funcionais) que acontecem dentro do organismo e a doença identificável (que tem um nome e um tratamento especifico) costuma ser muito grande: de 7 a 10 anos!

Nesse intervalo, o organismo tenta “apagar incêndio” e muda rotas , alterando as funções orgânicas aqui e ali, numa tentativa hercúlea de reequilibrar o todo (homeostasia).

homeostasia aula

homeostase

Ação essa que funciona por um tempo até que mecanismos homeostasicos tornam a “nova fisiologia”…ou nova forma de funcionar tão diferente da original que não é mais possível permanecer sadio. A doença se instala e  o corpo pede socorro. Aí entra a MEDICINA DA DOENÇA. O médico pode ajudar …muito…na emergência e na doença instalada! Ele (medico) salva e prolonga vidas, com certeza! Tem sido esse o papel da medicina ortodoxa. A longevidade é uma realidade incontestável…mas a qualidade de vida não acompanhou os anos de vida que ganhamos hoje!Mas…devagar e sempre estamos aprendendo a nos antecipar à doença. A entender e traduzir a mensagem subliminar que formatam as mudanças de rota ao longo do tempo e nos levam ao adoecimento, caso não façamos uma intervenção positiva e gradual!

A meta em saúde é não deixar que todas as peças do quebra-cabeça de cada indivíduo se encaixem! É reconhecer os fatores de risco e mantê-los adormecidos ou mesmo nos contrapormos a eles e eliminá-los de vez! Quebra-cabeças incompleto significa ausência de doença…ainda! Podemos reverter o processo se introduzimos mudanças de hábitos ao nosso dia a dia!

quebra cabeças em medicina

A degeneração orgânica acontece com o envelhecimento claro, mas se somos capazes de perceber as vias comuns catalizadoras da doença seremos capazes de envelhecer com mais qualidade de vida! Mantendo a mobilidade e a autossuficiência e permitindo o funciona- mento de todos os sistemas harmonicamente, mesmo que já não mais em plena função. Em outras palavras, otimizamos essas funções para que elas possam continuar somando esforços e mantendo a higidez do todo.

Saúde é equilíbrio!

idoso saudavel

Vamos ressignificar o envelhecimento! Podemos ser idosos com saúde. Apenas funcionando em potencialidade diferente de quando éramos jovens…, mas em equilíbrio! Palavra chave no processo de ausência de doença e envelhecimento.

Vale lembrar que a definição de saúde não é mera ausência de doença!

O que nos fez pensar que poderíamos seguir em frente sem procurar entender o que cada um em sua individualidade precisa para se manter bem…pelo tempo que levar nossas existências nesse planeta? O que nos liberou da necessidade de cuidar de nós e do nosso meio ambiente (interno e externo) para termos uma vida melhor?

Não viemos ao mundo com um “manual do proprietário”…então deveríamos ter aprendido a nos reequilibrar a cada dia…para ter uma vida saudável e feliz! Cada dia é uma oportunidade de fazer diferente o mesmo caminho. É assim na vida diária…por que seria diferente em relação à saúde?

ROTINA

Crescemos bem, chegamos até a idade adulta, vivemos bem até agora então…é só continuarmos a viver…da mesma forma. É assim que pensamos! Mas na realidade as estatísticas nos mostram uma outra realidade. É por esse viés que entendemos que não mudar o curso, em algum momento, antes do adoecimento, nos levará com certeza às doenças degenerativas crônicas não infecciosas que têm tirado a dignidade do nosso envelhecimento e morte!

A MEDICINA DA SAÚDE prioriza e ensina o retorno à homeostasia e as mu danças de rota necessárias para o equilíbrio orgânico, que é a chospitalhave da saú de e da longevidade.

 

A Medicina cuida de gente…, mas em seus dois momentos possíveis: saúde e doença. E não é por demérito que nomeamos a arte de cuidar da doença instalada, da doença que está matando hoje e amanhã de MEDICINA DA DOENÇA. Ela é imprescindível, sim.

 

Mas vamos entender e priorizar o conhecimento acumulado ao longo dos anos em relação à manutenção da homeostasia, através da promoção de saúde e da prevenção primária.

doutor obrigado

Vamos dar vez à MEDICINA DA SAÚDE para que possamos mudar os indicadores de saúde reduzindo as estatísticas de adoecimento, em todas as suas formas e devolvendo a nós, humanos, a qualidade de vida que podemos ter, do nascimento à morte.

 

NASCER, ENVELHECER E MORRER COM DIGNIDADE!

VAMOS NOS ANTECIPAR À DOENÇA!

VAMOS EFETIVAMENTE CUIDAR DA SAÚDE!

Aprendendo a ser saudável….

MANTENDO A SAÚDE!

Você nasceu saudável, não é portador de nenhuma anomalia genética, tem tudo para ter muita saúde por um longo tempo! Viver já é uma experiência e tanto, dirá você!  Mais ainda tentar não adoecer no mundo de hoje, não é?

Não é bem assim…

Viver sem saúde é bem mais difícil, com certeza. Mas o que precisa ser discutido é como fazer para ter saúde. Não temos um manual à nossa disposição. Será que não? Nas escolas se discute sexo, existe consenso em relação à necessidade de educação para o sexo fora do ambiente familiar. A função de alerta em relação à procriação não consciente e às doenças sexualmente transmissíveis, foi assumida pelo poder público para minimizar os danos que viriam, com a evolução natural para o caos na saúde, acelerada pela pandemia da Aids (Sida).

Hoje vemos crescer a prevalência de doenças ligadas à opção equivocada que fizemos pelo fast-food e pelo sedentarismo consequente ao ritmo desenfreado da era pós-industrial. Não podemos “perder tempo”. Vivemos uma era “acelerada” em que tudo nos é facilitado. Dos shakes e sanduiches que substituem a refeição aos carros, controles remotos e facilidades eletrônicas. As anunciadas epidemias de obesidade, câncer e diabetes tipo 2 sobrecarregam cada vez mais as unidades de saúde (públicas e privadas). Tornamo-nos cada vez mais, doentes crônicos, reféns de nós mesmos.

Mas você sabe que depende somente de nós a iniciativa de mudar este cenário?

A mesma estratégia em relação às doenças sexualmente transmissíveis deveria ser usada para ensinar a ser saudável. Em alguns países, faz parte da grade curricular a matéria “economia doméstica”, preparando o jovem para a vida adulta. Assim deveria ser com a orientação para a saúde, que deveria estar presente desde a infância. Em todas as fases do desenvolvimento do indivíduo. Este aprendizado é lento e deve ser contínuo. Não é matéria para um período único.

Até agora o que temos visto são ações voltadas para saúde sim, mas pontuais. Relacionadas às epidemias de gripe e outras doenças infecciosas. É verdade também que campanhas a respeito de hipertensão arterial, diabetes e glaucoma, volta e meia estão na mídia, mas a forma de apresentar a doença ao indivíduo não é a ideal. Falam em prevenção quando se referem, na verdade, à detecção precoce da doença. Não é apenas esse aspecto que precisa ser divulgado.

O que nos mata mais e nos tira a dignidade no envelhecimento são as doenças crônicas degenerativas. E essas, quando chegam a ser diagnosticadas são tratadas pelo resto da vida. A prevenção real é fazer o leigo entender o que leva o organismo a desenvolver essas doenças crônicas. E ele se sentir motivado a evitá-las.

conscientização para a senilidade responsável e de qualidade, não move um mundo voltado para a beleza, juventude e o prazer acima de tudo, aqui e agora!

Sem falar na falta de interesse em promover a prevenção. A demanda cada vez maior pelos serviços e produtos relacionados à assistência médica e à industria farmacêutica é um indicador de que o cuidado em relação à saúde tem sido avaliado de forma equivocada. No aspecto econômico-financeiro, o tratamento da doença é mais interessante do que a promoção da saúde.

Será que temos consciência disso?

 

 

 

 

 

                                                                                                              

Não somos reféns da nossa genética!

Hoje sabemos que a longevidade depende mais do estilo de vida (73%) do que da carga genética (17%) ou outros fatores (10%), percentuais esses que foram estimados por diversos estudos conduzidos por universidades americanas. A epigenética tem se manifestado a respeito, endossando o viés estilo de vida como o fator mais importante na redução da expressão de genes defeituosos que levariam à manifestação da doença. Em outras palavras, não somos reféns da nossa genética como pensávamos. Podemos mudar nossa história. Podemos ser mais saudáveis do que nossa programação genética nos permitiria. Depende de nós!

Sabemos também que o estresse crônico da vida moderna é o grande vilão sendo responsável por 80% de todas as consultas médicas (Harvard).

Segundo Marie Bendelac e Wanda Quadra, wellness coaches   do www.becoaching.com.br   o controle do estresse através de  “…melhor gestão do tempo, mudanças dos fatores de risco para a saúde, redução do nível de ansiedade e aumento da resiliência…” é uma ferramenta poderosa quando a meta é promover saúde e atuar em prevenção primária.

Há cerca de 3 décadas vem evoluindo o movimento para mudanças do paradigma médico que sempre foi a identificação e o tratamento da doença, tão somente.

A doença está deixando de ser o foco da atenção médica. Queremos mais! Queremos nos antecipar a ela. Buscamos retomar um estilo de vida mais saudável para uma vida mais longa sim, mas com mais qualidade, principalmente.

Aprendemos muito ao longo desses anos. E temos revisitado as práticas milenares que foram substituídas pela visão míope da medicina ortodoxa, como hoje sabemos. Cabe aqui ainda um mea culpa a respeito do pensamento coletivo sobre saúde, de médicos, cientistas e todos os profissionais da área da saúde.

Mas a verdade é que evoluímos muito do ponto de vista tecnológico. Apesar de sermos capazes de salvar muitas vidas antes ceifadas devido a graves acidentes e traumas, além de doenças agudas infecciosas, no terreno da doença crônica degenerativa temos menos a oferecer em termos de qualidade de vida ao paciente, no longo prazo.

Em outras palavras, num ritmo bem mais lento, estamos reaprendendo a cuidar melhor do nosso corpo e mente objetivando uma crescente redução dessas doenças degenerativas, com aumento da qualidade de vida em paralelo à longevidade adquirida nas ultimas décadas, por conta da evolução tecnológica médica.

Ainda há muito o que fazer e a atenção deve estar voltada para a promoção de saúde para que a longevidade saudável possa ser uma realidade para todos nós.

A Medicina usa uma escala evolutiva para graduar os níveis de prevenção da doença (prevenção primária, secundaria, terciária e quaternária). Chamamos de prevenção primária o estágio pré-doença, quando ainda não existem sintomas ou sinais de doença, mas já observamos no organismo desvios de função para criar um novo equilíbrio possível.

Mas o que mais vemos hoje é a detecção precoce da doença através de prevenção secundária ativa (check-up). No estágio anterior poderíamos evitar a doença. Já na detecção precoce conseguimos reduzir (muito) o prejuízo funcional no longo prazo. Mas a doença está instalada. A medicalização é necessária qualquer que seja ela.

Prevenção ipsis literis seria a identificação desde cedo dos fatores de risco individuais através do terreno biológico de cada um, uma contribuição brilhante da forma de entender a doença, sugerida pela visão homeopática de adoecimento. É preciso revisitar conceitos ancestrais a respeito do desvio da fisiologia orgânica.

A máquina humana é maravilhosa e de uma beleza ímpar! Impossível de ser recriada em toda sua essência.

E essa máquina nos pede ajuda quando precisa e nos dá prazo suficiente para que a  ajuda chegue em tempo de realinhar parâmetros fisiológicos e iniciar a retomada do funcionamento viável para cada organismo, a seu tempo! Pena que nós ainda não estejamos completamente familiarizados com a linguagem do corpo. Em relação às doenças crônicas degenerativas ela, doença, avisa que vai acontecer. E há um hiato grande (de até 5 a 7 anos) entre as mudanças fisiológicas de compensação e a falência dos mecanismos de reequilíbrio. É quando a homeostase se rompe e sobrevém a doença, com seus sinais e sintomas característicos.

Nesse intervalo o indivíduo “nada sente” ou procura o médico com queixas mínimas, banais, aqui e ali mas, após exames complementares (ainda normais às custas de mudanças orgânicas tentando reverter o processo de adoecimento), ele sai do médico sem muitas respostas. Não tem doença detectável…ainda. Apenas queixas isoladas e não valorizadas.

A sensação de que já não é mais a mesma pessoa, que o organismo mudou existe. Mas ainda não é possível tratar o que efetivamente não pode ser diagnosticado (ainda). A doença ainda não se instalou. Mas esse é o momento em que a mudança é possível! O período em que a doença ainda pode ser evitada. Seja ela qual for. Um parêntese para lembrar que estamos aqui nos referindo sempre às doenças crônicas que tornarão o indivíduo refém de medicação para o resto da vida e não das doenças infeciosas ou inflamatórias por desequilíbrio pontual do nosso organismo, que se refaz num período breve e retoma o controle da saúde.

Mudar nossa história é possível! E desejável, uma vez que estamos mais longevos a cada dia devido ao avanço tecnológico em relação à manutenção da vida.

A questão agora é a qualidade de vida que vamos ter nos anos a mais que ganharemos de tempos em tempos, com a evolução da ciência. Longevidade saudável é a nossa meta! Plenamente alcançável e mensurável se individualizarmos o cuidado em relação à saúde.

A morte é inevitável e deveria ser consequência natural de uma vida plena e bem vivida. Evitamos falar nela, mas todos desejamos uma morte súbita, sem sofrimento, depois dos 80 ou 90 anos. Como no dito popular…” morrer como um passarinho”. Morrer de morte morrida. Morrer de velhice sim, mas sem doença incapacitante.

Mas o que se vê hoje é bem diferente. Uma morte anunciada, doida e sofrida, solitária e sem dignidade. Ligados a aparelhos em unidades de cuidados intensivos, geladas (física e emocionalmente falando) e isoladas do contato humanizado que tanto conforta! Às vezes um prolongamento desumano da vida, aqui e ali aliviados pelas unidades medicas de cuidados paliativos (ainda raras no nosso meio). Em fóruns permanentes a Ética Medica cuida do assunto, enquanto estatísticas mostram aumento nas ditas doenças crônicas degenerativas que nos levarão a essa situação caótica no fim da vida. Mas poderia ser diferente!

A morte em vida é quando estamos “vivos” ligados a aparelhos que mantém nossas funções básicas mas não sentimos mais a vida dentro de nós. Estamos muitas vezes em casa, acamados, cercados de cuidados, sim, mas “mortos” para a vida de relação e de felicidade que está nas pequenas coisas que já não podemos fazer, ter ou ver.

Meu avô ficou 13 anos deitado numa cama, lúcido, mas sem falar, só interagindo pelo olhar com um tubo para respirar e uma sonda para ser alimentado. Um cenário muito triste, inesquecível e apavorante que infelizmente ainda é comum nos dias de hoje. Levamos nossos queridos para casa, cuidamos deles, mudamos a dinâmica da casa, da família e em algum momento nos perguntamos se o sofrimento do doente e da família não poderia ter sido evitado.

Vamos optar pela vida! Pela saúde em vez da doença! A saúde na longevidade pode e deve ser uma meta comum a todos nós. Precisamos de orientação em nutrição, ter o apoio de um educador físico para eliminar de forma permanente o sedentarismo, além da ajuda de ferramentas de psicologia comportamental para aumentar nossa motivação e nos facilitar o alcance de metas em saúde. Além disso, claro, precisamos de políticas públicas que alcancem a população em geral, através de educação voltada para esses três pilares da saúde integral.

Um “check-up” é muito bom e faz o diagnóstico precoce ajudando muito no tratamento e sobrevida dos indivíduos, diminuindo muito as deficiências funcionais decorrentes da enfermidade.  Mas o gol deve ser sempre evitar a doença!

Muitos médicos brasileiros já estão engajados nessa causa há algum tempo. Muitos estão dando seu recado nas mídias sociais, através de livros, e-books e até mesmo em palestras e programas de TV. Cada um dando a sua contribuição para mudar esse cenário pobre que não é só da Medicina Brasileira.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) num manifesto significativo, através da Declaração de Alma-Atta nos anos 80 dava o passo inicial para alavancar as mudanças necessárias para mudar o cenário ruim que já se desenhava desde então. De lá pra cá as mudanças foram muito poucas. As expectativas não se mostraram realistas. Vivemos hoje epidemias de obesidade, câncer, diabetes e muitas outras doenças degenerativas crônicas, conforme previsto desde aquela época.

Na América o “Life Style Medicine” e o “The Spectrum” são iniciativas importantes na prevenção da doença e na veiculação de informação importante a respeito das causas das doenças e de como evita-las.

Aqui no Rio, um exemplo a ser seguido é o do programa TAKE CARE que aplica o conceito da “Medicina do estilo de Vida” em sua proposta de “ transformação do indivíduo nos aspectos físico, mental e social”.

Cito aqui a frase emblemática que eles usam: “Quando a dor da vida é maior que a dor da mudança, nós procuramos meios de quebrar velhos hábitos para superar e viver melhor”

Por que esperar para sentir essa dor?

Façamos as mudanças necessárias hoje, aqui e agora. Por uma coletividade mais saudável, feliz e capaz de atingir seus objetivos e realizar suas missões de vida.

Que a saúde seja o nosso mantra!

Dê uma chance à saúde!

Uma nova chance para sua saúde!

A respeito de mudança de estilo de vida, tive oportunidade de ler um texto de LUIZA FURQUIM em matéria veiculada pela revista SERGIO FRANCO&CDPI.

Uma nova chance para sua saúde” é o título da matéria. Além de listar 15 atitudes saudáveis o texto fala sobre a dificuldade de sair da zona de conforto, ou seja, de mudar um hábito antigo. Citando o presidente da Sociedade Brasileira de Programação Neolinguística (SBPNL), Gilberto Cury, ela dá cinco dicas para atingir metas e ainda fala sobre o “caminho das pedras” para quem efetivamente se compromete a mudar de hábitos. É difícil, mas não impossível!

Deve-se estar consciente de que mudar não é fácil, mas se é o que se pretende, as dicas são: não pensar numa meta inatingível a curto prazo, colocar no papel o que pode ser feito a respeito, pedir ajuda (a médicos e outras profissionais da equipe de saúde), além de trocar experiências com quem foi bem sucedido na mudança que você deseja para você. E, é claro, persistir!

No processo de coaching o passo a passo é basicamente o mesmo:

Foco na meta, planejamento cuidadoso, ação, comprometimento com o resultado e com a melhoria contínua!

A resistência à mudança de hábitos, mesmo sabendo das consequências a médio e longo prazo do seu comportamento de risco para esta ou aquela doença é o entrave maior para nós médicos no cuidado de nossos pacientes. Muitas vezes nos sentimos impotentes frente a desfechos anunciados com tanta antecedência e que não puderam ser evitados!

Além disso nós também somos reféns dessa dificuldade (alguns de nós). Quem não conhece um cardiologista que fuma ou um clinico sobrepeso? Antes de médicos somos indivíduos e temos as mesmas dificuldades que nossos pacientes. Mas apontarmos a melhor direção é suficiente? Com certeza funciona mais facilmente se somos exemplo do que pregamos.

Vamos todos mudar?

Aumentar a qualidade de vida na longevidade só depende de nós! Mas é tão mais fácil “empurrar com a barriga”, não é mesmo? Dizemos…ah, prefiro continuar assim e viver menos do que fazer esse esforço. Mas eu sempre lembro que morrer mais cedo é o de menos. O grande desafio é viver sem mobilidade, com dependência de terceiros, com dor crônica ou refém de uma máquina.

Mas vamos ser afirmativos. Podemos fazer a mudança que queremos ver no mundo. O comprometimento com a modificação dos fatores de risco para doenças crônicas degenerativas que crescem de forma alarmante ( “epidêmica” ) deve ser de todos nós!

Médicos e pacientes.

Sobre a autodisciplina necessária à longevidade com qualidade de vida!

Um texto sobre qualidade de vida, bem estar e autodisciplina que foi escrito em 2006 pelo Dr. ALBERTO MOSA, colega de turma da Faculdade de Medicina da UFRJ.

O tema permanece pertinente e muito atual…

Ele diz:

“Todos somos, em princípio, uma existência em desequilíbrio. Cometemos erros permanentes no decorrer de nossa vida. Não há uma receita de caminho correto ou da falta de erros. Estes devem ser continuamente avaliados e corrigidos. Reflexão é a palavra chave para que se possa cada vez mais melhorar aquilo que se chama de qualidade de vida.

A educação, de nossa individualidade, de nossos sentimentos e o crescimento intelectual é o pilar para a criação da autodisciplina que nos fará superar as adversidades e consequentemente melhorar a qualidade de vida.

O nosso corpo é nossa casa, moramos dentro dele permanentemente!

Daí a necessidade primordial que o mantenhamos conservado para que os objetivos de bem estar possam ser alcançados. O que se vê hoje são as pessoas indo além dos limites do próprio corpo, cometendo excessos alimentares, usando drogas licitas e ilícitas, mantendo horários de trabalho e de vigília além daqueles que se suportam, tudo isso sempre alicerçado em justificativas sem fundamento e sem reflexão, tais como: eu gosto, eu quero, pouco me importa…

E outras semelhantes que só demonstram que o indivíduo, não teve e não tem um crescimento pessoal adequado e consequentemente sofre de uma ausência total de autodisciplina.

Grandes estudos internacionais de observação de doenças e seus tratamentos nos permitem alertar os pacientes para os caminhos de prevenção dos riscos de aparecimento de situações de desgaste físico acentuado, que acabam resultando na instalação de doenças agudas ou crônicas.

Hoje é muito fácil se prevenir doenças como Diabetes, Hipertensão Arterial, Insuficiência Cardíaca, Insuficiência Renal, Artroses e Degenerações de Coluna. E mais tantas outras doenças, além é claro, de existirem exames para detecção precoce de vários tipos de cânceres e mais do que tudo, as noções de segurança na prevenção de acidentes no trabalho e no dia a dia.

Apesar de tudo isto, as pessoas continuam na sua grande maioria, cuidando apenas das consequências de sua falta de cuidado com o corpo e a saúde.

Os médicos não podem cuidar de ninguém a não ser deles próprios, o que eles podem é ensinar e orientar os outros indivíduos, porém o tratamento é sempre uma decisão pessoal, resultado do crescimento interno e da autodisciplina de cada um”.

Foi um grande prazer ler seu texto.

Comentei com ele ter gostado do que ele pensa a respeito de qualidade de vida e a observação sobre a falsa relação entre “gozar de boa saúde”, ter saúde plena e equilíbrio pessoal. Mais ainda quando diz que somos “existências em desequilíbrio”. Esta é a expressão que melhor nos define como pessoas.

Todas verdades muito bem escritas.

Mas, o que nós médicos podemos fazer em relação aos que não têm autodisciplina para manter os cuidados necessários?

Um filho rebelde…deixamos de alertar sempre que possível a respeito dos maus hábitos ou ainda,deixamos de cuidar dele quando ele volta doente ou necessitado do nosso conforto?

Mas é doloroso pensar que poderíamos ter evitado este desfecho!

A pergunta é: existe alguma estrategia mais eficaz para tentarmos ajudar indivíduos a adoecerem menos, APESAR do seu pouco comprometimento consigo mesmos?

A FIRJAN deu o primeiro passo em relação a essa questão: deu treinamento a alguns médicos do seu quadro de funcionários e vai adotar  ferramentas de“coaching” na educação e promoção de saúde de seus associados. Está contratando psicólogos, nutricionistas e educadores físicos.

Vamos ver o que acontece.

Tomara que possamos multiplicar esses resultados e melhorar a qualidade de vida e o bem estar dos que nos procuram e da população em geral cada vez mais.

Rumo à longevidade saudável para todos!

Fome invisível significa desnutrição celular,significa doença a caminho!

Vamos falar sobre o que já se sabe!

Falar sobre o que se publica à exaustão mas que se parece mais com a crônica da doença e da morte anunciadas, mas contra as quais não se toma qualquer providencia! Pouco ou nada é feito para efetivamente mudar o cenário futuro! Assim como em relação às mudanças climáticas (meio ambiente externo), as mudanças necessárias relativas ao estilo de vida (meio ambiente interno) não são incorporadas ao dia a dia na velocidade necessária para conter o avanço das ditas doenças degenerativas cronicas.

Mas pior do que isso, a desnutrição celular é um viés muito atual na luta contra a provável (futura) pandemia de Ebola.

Saúde e imunidade (leia-se nutrição celular,entre as variáveis mais importantes) dependem de boa alimentação. Antes contávamos com a necessidade de enfrentamento a médio e longo prazo das doenças cronicas em larga escala. O momento presente pede uma reflexão e mudança mais imediatas! Pra ontem!

Uma vez que não existem vacinas disponíveis, alimentar a população de risco  é tão importante quanto localizar e confinar possíveis/prováveis disseminadores da doença. Cuidar de restringir geograficamente o surto é imperativo. Mas estamos lutando contra UM vírus para o qual ainda não temos tratamento eficaz. Os doentes que morrem apos contaminados pelo filovirus atual possivelmente são aqueles cujos organismos estão ocupados na luta contra algum outro contaminante comum e cuja utilização de micronutrientes importantes no processo imunológico de defesa não é mais viável.

Como não podemos fornecer antidoto contra o vírus, vence a luta (sobrevive) o individuo que tenha condições (previas à contaminação) de reserva de nutrientes capazes de ajudar imediatamente a formar a força tarefa que entra na luta contra o Ebola. Não conheço (e nem sei se existem) trabalhos relacionando a sobrevivência dos infectados ao grau de nutrição pré-contaminação. Em outras palavras, não sabemos mas parece óbvio (ou pelo menos não descartável a principio) afirmar que para uma doença para qual não podemos oferecer a “cura”, o “remédio” está em fornecer as armas necessárias para o enfrentamento da doença (alem da medicação paliativa)!

O alimento de alto valor nutricional,melhor ainda se sob o viés da alimentação funcional será o aliado de primeira hora e talvez o grande divisor de águas entre morte e sobrevivência! A seleção natural age dessa forma: os mais capazes sobrevivem!

De fato,com micronutrientes necessários à formação de anticorpos na velocidade que a situação exige, será que não poderemos fazer a diferença neste momento em que ainda não dispomos de outros meios de enfrentamento (como vacinação em massa)?

Janeiro de 2015 foi definido pela OMS como o momento em que se confirmará (ou não,assim espero),do ponto de vista epidemiológico, a pandemia por Ebola.

Nutrólogos e nutricionistas somando esforços aos infectologistas para identificar o que é mais importante oferecer neste momento à população de risco para que possam se defender da ameaça real às suas vidas,que nesse momento tem o nome de Ebola.

Cito como exemplo o vírus herpes simples que sabemos ser inibido por ambiente rico em lisina,tanto assim que o próprio aminoácido é usado topicamente nas lesões mucosas. Quantos sabemos que se o individuo é portador de herpes e come muito chocolate (arginina) num momento de bastante estresse multiplica suas chances de deflagrar uma crise herpética?

Oferecemos hoje aos nossos pacientes o conhecimento a respeito da competição arginina/lisina através de listagem de alimentos para que eles próprios possam aprender a comer melhor nos momentos de gatinho das crises e assim ter mais chances de evitá-las! Nesse caso, o equilibrio entre arginina e lisina ajuda a manter o vírus “atenuado”.

Se hoje,em relação ao Ebola ou à família filovirus) não temos a nosso favor o conhecimento que já temos sobre a família herpes vírus, a imunidade utiliza alguns micronutrientes conhecidos para reproduzir sua ação frenadora do processo infeccioso. Esse conhecimento já temos! Então por que não utilizá-lo para minimizar os danos dessa epidemia? O que perdemos com isso?

Caso não se mostrasse eficaz a estrategia, pelo menos estaríamos alimentando melhor uma população que sofre em sua maioria,com certeza, da “fome invisível” de que fala o artigo publicado hoje na mídia (https://br.noticias.yahoo.com/relat%C3%B3rio-aponta-efeitos-devastadores-fome-invis%C3%ADvel-145005194–sector.html)

Será que alimentar as células do sistema imunológico não ajudaria a aumentar a defesa do individuo contra a doença? Ele seria infectado mas responderia à infecção de maneira apropriada e teria mais chance de sobreviver ao vírus!

Em vez de (ou paralelamente) investir apenas no antidoto não deveríamos tentar (também) aumentar a munição do próprio organismo? Um inventario de saúde (orgânica e nutricional) dos sobreviventes do surto de Ebola ajudaria (e muito) e poderia conduzir mais rapidamente à solução para a epidemia.

O que diferencia  esses indivíduos,além da genética?

A resposta a essa pergunta pode direcionar a investigação e aumentar nossa assertividade em relação ao gerenciamento dessa ameaça real.

E mesmo assim lembremos que a epigenética já nos ensina que administrando as condições ambientais (macro e microambiente,incluindo o estilo de vida e o que comemos) podemos fazer com que apenas 30% dos genes herdados se expressem! E isso vale principalmente para as doenças degenerativas cronicas progressivas!

E aos agentes de saúde (médicos,enfermeiros) e todos aqueles que estão diretamente ligados ao atendimento dos doentes com Ebola, cabe lembrar que estão na linha de frente! E, portanto, mais susceptíveis à doença. Mesmo com todo aparato de segurança biológica, o estresse imposto pela situação,alem da baixa qualidade do sono, pouco repouso além de alimentação provavelmente ruim (snacks na hora da fome porque têm uma tarefa maior à sua frente e pouco tempo para si) reduzirão suas chances de sobrevivência em caso de contágio.

Racionalizar o trabalho e otimizar os cuidados com a saúde dos envolvidos nas equipes de saúde é uma necessidade tão urgente quanto a identificação e isolamento dos infectados e de possíveis contaminantes (que tiveram acesso aos doentes).

Minha memoria anda péssima…e aí, o que fazer?

 

A dificuldade em relação à memoria recente é  uma queixa prevalente principalmente no universo feminino. Alguns neurologistas se referem à “sindrome desatencional”,cada vez mais presente no dia a dia. Pouco tempo, muito a fazer,nós nos reconhecemos como indivíduos “multitarefas” …a desatenção aumenta porque você tem que dar conta (ao mesmo tempo) de um sem numero de detalhes diários!

O deficit de atenção (minimo quando é apenas uma característica da pessoa,quando não causa maiores transtornos no dia a dia; ou quando se identifica como “síndrome neuropsiquiátrica e requer tratamento químico ou apenas terapia cognitivo-comportamental) e a ansiedade podem a longo prazo levar à disfunção cognitiva mais preocupante uma vez que o “desgaste” de neurotransmissores cerebrais se dá mais rapidamente nesses casos.

Por isso a preocupação hoje não apenas com o “slow food” em relação à alimentação (para termos uma nutrição mais adequada às nossas necessidades diárias de manutenção da homeostase)…mas também com o “low profile”. Temos que desacelerar. Somente assim poderemos garantir qualidade no envelhecimento (do corpo e do cérebro).

Outra estrategia fundamental para o físico (eliminando as epidemias de obesidade e diabetes mellitus) e para a mente (lentificando o deficit cognitivo e recuperando a memoria recente) é a atividade física diária (exercicio aerobico -caminhada “rápida” ou “jogging” 4 a 5 vezes na semana). Outra é a alimentação funcional: a curcuma (açafrão) é um potente anti-inflamatório natural e tem sido citado com frequência em estudos sobre perda de memoria (estrategia que vem sendo estimulada em casos de declínio cognitivo leve como o do Alzheimer inicial).Poderíamos passar a fazer molhos para salada com açafrão e não comemos pelos menos durante a semana o arroz “amarelo” -no final de semana poderíamos nos dar o luxo de comida mais atraente para o paladar brasileiro. Que tal a sugestão?

Molho diário (básico) para salada: azeite extra-virgem, meio limão (ou vinagre para quem gosta mais e pode usá-lo),cúrcuma, pimenta preta (para potencializar a absorção da cúrcuma), e ingredientes opcionais e a gosto como: coentro,noz moscada,cominho,tomilho,salsa (outro excelente nutriente, que contém o mais eficiente antioxidante para o olho e para o organismo como um todo,que é o glutation!)

Até hoje não são conhecidos efeitos colaterais no uso alimentar da cúrcuma (não falo do uso de capsulas de cúrcuma  tão em moda (e por isso tão caras!),que contem doses bastante elevadas da substancia curcumina…com possíveis efeitos colaterais na multiplicação celular (câncer).

Tudo na natureza está em equilíbrio (ou deveria …antes do homem modificar).

A nutrição funcional (uso de alimentos contendo substancia presentes naturalmente na natureza) nos permite melhorar o que deve ser melhorado (uma vez que as necessidades mudam de tempos em tempos pela forma diferente de viver a vida), sem necessariamente causar danos mais tarde. Equilíbrio, homeostase é o que devemos buscar.

A Hipócrates é atribuída a frase: “deixa que o alimento seja o seu remédio”

 

 

Encontrei um site, entre vários, que fala “en passant” sobre a dificuldade diária de todos nós neste século

 

Oficina da memória

“Atualmente a rotina diária das pessoas costuma ser bem agitada. Fazemos tudo correndo: estudo, vestibular, trabalho, casa, filhos, academia…ate as crianças tem muitos compromissos! Com tanta correria nossa saúde mental fica de lado e passamos a cometer alguns esquecimentos e confusões que pioram nosso rendimento em geral, na escola, no trabalho ou na nossa vida pessoal.

Para isso o CAEPE criou a oficina Memória Viva. Nas sessões serão realizadas atividades diversas e dinâmicas que estimulam a atenção, concentração, percepção, memória, expressão verbal, raciocínio lógico, estimulação visual e espacial, proporcionando uma melhora acentuada nas capacidades de cada indivíduo”.

O site “gogglado” foi:

 

http://www.caepe.com​.br/servico/cursos-e​-oficinas#oficina

 

Mas existem várias oficinas de memória (pagas e gratuitas) para incentivar a criação de técnicas de “treinamento da memoria” .

Hoje não percebemos a necessidade delas (ah! basta colocar avisos na geladeira, anotar no “tablet”,cronometrar atividades…etc).

 

Mas se fizermos apenas isso, a longo prazo não iremos mudar muita coisa.

É como a capsula ou droga na alopatia. Na emergência ou no adoecimento ela funciona bem. Pode salvar vidas.Mas não tem diminuído a prevalência das doenças cronicas degenerativas, uma vez que não trata a causa do sintoma e sim o sintoma pontual.

 

Vamos pensar nisso!

 

Vamos pensar em promoção de saúde e em prevenção.

A Medicina eficaz a longo prazo é a Medicina da saúde e não a Medicina da Doença.